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Guloseimas e pensamentos...

30.10.05

Basquete...


Apesar de todas as pressões e ações ridículas da CBB, o campeonato da Nossa Liga de Basquete teve início na semana passada, com um jogo onde o Limeira venceu a partida diante do Rio de Janeiro. Portanto a NLB teve um time do interior do estado de São Paulo vencendo por um apertado placar de 83 a 80, em duelo válido pela Conferência Norte do campeonato, num jogo emocionante e de alto nível técnico. Dá gosto ver a garra com que Oscar, Paula, Janeth e Hortência estão encarando este desafio. Eles que deram tanto para nosso esporte da bola ao cesto dentro da quadra, agora iniciaram um trabalho para nos fortalecer também na área da organização de campeonatos mais bem disputados e interessantes.
Para minha felicidade particular, um time da minha cidade também se inscreveu neste campeonato: Sociedade Esportiva Sanjoanense. Rato e companhia, sei da dificuldade do desafio, mas estarei aqui torcendo, mesmo à distância. Boa sorte a vocês, meninos.

27.10.05

All...

...I ask of you

No more talk of darkness,
forget these wide-eyed fears;
I'm here, nothing can harm you,
my words will warm and calm you.
Let me be your freedom,
let daylight dry your tears;
I'm here, with you, beside you,
to guard you and to guide you.

Say you'll love me ev'ry waking moment;
turn my head with talk of summertime.
Say you need me with you now and always;
promise me that all you say is true,
that's all I ask of you.

Let me be your shelter,
let me be your light;
you're safe, no one will find you,
your fears are far behind you.

All I want is freedom,
a world with no more night;
and you, always beside me,
to hold me and to hide me.

Then say you'll share with me one love,
one lifetime;
let me lead you from your solitude.
Say you want me with you, here beside you,
anywhere you go, let me go too,
that's all I ask of you.

Say you'll share with me one love,
One lifetime.

Say the word and I will follow you.
Share each day with me, each night, each morning.

Say you love me...
You know I do.
Love me, that's all I ask of you...
Love me, that's all I ask of you.

Angeli...

24.10.05

Vôos...

Para você, amiga...

"(...) Quase todos nós percorremos um grande caminho. Fomos de um mundo para outro, que era praticamente igual ao primeiro, esquecendo logo de onde viéramos, não nos preocupando para onde íamos, vivendo o momento presente. Tem alguma idéia de por quantas vidas tivemos que passar até chegarmos a ter a primeira intuição de que há na vida algo mais do que lutar, ou ter uma posição importante dentro do bando? Mil vidas, Fernão, dez mil! E depois, mais cem vidas até começarmos a aprender que há uma coisa chamada perfeição, e ainda outras cem vidas para nos convencermos de que o nosso objetivo na vida é encontrar essa perfeição e levá-la ao extremo. A mesma regra mantém-se para os que aqui estão agora, é claro: escolhemos o nosso próximo mundo através daquilo que aprendermos neste."

in "Fernão Capelo Gaivota" de Richard Bach.

23.10.05

Reflexão...

20.10.05

Poesia Brasileira 2...

Outro dia, na BandNews, ouvi esta poesia de Drummond declamada por Paulo Autran.

Canção para álbum de moça

Bom-dia: eu dizia à moça
que de longe me sorria.
Bom-dia: mas da distância
ela nem me respondia.
Em vão a fala dos olhos
e dos braços repetia
bom-dia à moça que estava,
de noite como de dia,
bem longe de meu poder
e de meu pobre bom-dia.
Bom-dia sempre: se acaso
a resposta vier fria
ou tarde vier, contudo
esperarei o bom-dia.
E sobre casas compactas,
sobre o vale e a serrania,
irei repetindo manso
a qualquer hora: bom-dia.
O tempo é talvez ingrato
e funda a melancolia
para que se justifique
o meu absurdo bom-dia.
Nem a moça põe reparo,
não sente, não desconfia
o que há de carinho preso
no cerne deste bom-dia.
Bom-dia repito à tarde,
à meia-noite: bom-dia.
E de madrugada vou
pintando a cor de meu dia,
que a moça possa encontrá-lo
azul e rosa: bom-dia.
Bom-dia: apenas um eco
na mata (mas quem diria)
decifra minha mensagem,
deseja bom o meu dia.
A moça, sorrindo ao longe,
não sente, nessa alegria,
o que há de rude também
no clarão deste bom-dia.
De triste, túrbido, inquieto,
noite que se denuncia
e vai errante, sem fogos,
na mais louca nostalgia.
Ah, se um dia respondesses
ao meu bom-dia: bom-dia!
Como a noite se mudara
no mais cristalino dia!

18.10.05

Poesia brasileira...

Coração é terra que ninguém vê

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata nada criei.

Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão.

Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração.

Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia.
Porta fechada, foi que encontrei...

Poesia inédita de Cora Coralina que retirei de uma edição especial do JB On Line, em homenagem à poetisa

12.10.05

Dia das crianças...

Ontem e hoje, por motivos profissionais, participei de duas festas infantis: tive de organizar dois eventos focados no dia das crianças. Ontem dentro de uma empresa e hoje num empreendimento imobiliário.
Ontem crianças portadoras de necessidades especiais cantaram e dançaram para os funcionários de meu cliente e depois, muito nos fizeram sorrir com o carinho e o sorriso durante as brincadeiras e o bolo...
Hoje, os filhos dos moradores de um empreendimento imobiliário tiveram uma festa onde, além comerem muita pipoca, cachorro quente, algodão doce e de brincar com os monitores, cada uma delas pôde plantar uma árvore dentro do terreno do condomínio (cada árvore ficou com o nome da criança anotadinho para que ela possa acompanhar seu crescimento).
Curioso: quase no final do evento chega um casal de pais para mim e me perguntam se mesmo estando atrasados, os filhos deles poderiam plantar uma árvore também. Os meninos fizeram os pais sairem de São Caetano do Sul, na manhã deste feriado ensolarado para se deslocarem até Sorocaba para plantarem uma árvore... Coisa boa demais!

Resumo de tudo: o dia é delas, mas quem recebeu os presentes fui eu...


Trilha sonora de hoje:

A Pulga (Vínicius e Toquinho, in Arca de Noé I)

Um, dois, três
Quatro, cinco,seis
Com mais um pulinho
Estou na perna do freguês

Um, dois, três
Quatro, cinco,seis
Com mais uma mordidinha
Coitadinho do freguês

Um, dois, três
Quatro, cinco, seis
Tô de barriguinha cheia

Tchau
Goodbye
Auf Wiedersehen

7.10.05

Kaváfis...

Candelabro*

Num quarto pequeno e nu, quatro paredes somente,
recamadas de muito verdes panos,
um belo candelabro brilha incandescente;
e em cada uma das chamas se acende
uma lúbrica paixão, um lúbrico ardor.

Na pequena alcova, que ilumina refulgente
a forte luz que vem do candelabro,
não é vulgar fogo esta luz ardente.
Não foi feita para os corpos tementes
a volúpia que há neste calor.

*Traduzido por Manuel Resende


Konstantinos Kaváfis nasceu e morreu em Alexandria, centro cultural do helenismo egípcio, em 1863 e 1933. Era o nono e último filho de uma importante família burguesa, de origem grega e de passado aristocrático. Kaváfis tornou-se um dos poetas mais importantes de Alexandria, escrevendo em sua língua materna, o grego. Em vida publicou muito pouco: duas plaquetas em 1904 e 1910, uma com 14 e a outra com 21 poemas, e poemas esparsos, em folhas soltas, que enviava a quem os pedia. Assim mesmo seu prestígio literário foi grande e imediato, ao ponto do governo grego lhe conceder o prêmio Fênix. Em sua poesia renunciou à métrica tradicional; combinava o moderno e o arcaico, e elementos helenísticos com bizantinos. Criou uma expressão própria e peculiar, marcada pelo que os críticos chamaram de um lirismo objetivo, por tons dramáticos e uma tonalidade trágica. Dizia-se um poeta historiador. Morreu em 29 de abril de 1933, no dia de seu aniversário.

3.10.05

Voto sim ou não?

Estamos num momento de definição sobre o desarmamento no Brasil. Existem vários argumentos de parta à parte. Todos bem arrazoados, sem dúvida. Eu sou a favor do desarmamento, ou melhor, da lei que proibe a venda de armas no Brasil.
É lógico que isso não impedirá os bandidos de tê-las, mas a liberdade da venda hoje, não impede que eles tenham armas que nem vendidas são, como metralhadoras do exército. Até mísseis já foram encontrados com bandidos, então me pergunto o que pode fazer um revólver contra um míssel?
Ou quem já teve como eu, o desprazer de ver uma arma apontada diretamente para a cabeça o que fez? Por acaso pensou na possibilidade de reagir e pegar sua arma para deter o bandido? Eu juro que não pensei, até porque sei que a bala me atingiria mais rápido do que minha ação de pegar a arma, empunhar, apontar, engatilhar e atirar... A diferença de milésimos de segundos, contra segundos. E neste caso, minha lógica cartesiana diz que fui mais sensato em deixar o FDP levar minha grana, mas sair vivo.
Quando servi o Exército, só gostava de fazer os exercícios com arma para montar e desmontar...isso sim era divertido, mas quando eu tinha de atirar, era um saco: arma pesada, tinha o efeito ricochete e nada acrescentaria à minha vida de civil no futuro.
Não sou tolo, nem um covarde, mas não creio que o porte da arma me deixaria mais forte e corajoso. O que sei é que a venda de armas não favorece os bandidos e nem favorece nossa segurança. Apenas enriquece quem trabalha neste mercado. Se queremos maior segurança temos de cobrar isso de nossos governantes, que mal aparelham a polícia, que mal os remunera, treina e prepara.
Precisamos cobrar desses senhores que fazem as leis, que deixem de nos roubar e passem a melhorar nossa educação e nossa cultura. Se nossos jovens tivessem educação, cultura e oportunidade de vida, com certeza a criminalidade diminuiria, pois menos oportunidades teriam os traficantes e criminosos de os aliciarem.
Eu tenho dito isso faz tempo, mas acho que neste momento, é interessante falar mais ainda e por isso a posto. Agora, vou aproveitar que ando sem tempo para criar imagens e vou "roubar" um selo sobre meu voto do blog Retalhos do Tempo e assinarei embaixo desta campanha:



Voto sim, pela proibição da venda de armas no Brasil.