Bombonière Delikatessen

Guloseimas e pensamentos...

22.12.04

Noël...

Natal animal...

20.12.04

Descobri na net...

Não existe lógica para o medo (Juliana Pescuma)

Pânico é pânico e cada um tem o seu. Um amigo do meu pai só anda de metrô descendo em cada estação para respirar. Costuma demorar duas horas do Paraíso à Consolação. O meu pior pesadelo é ficar presa em elevador. Desde que me entendo por gente (e isso tem algum tempo, acreditem), elevador, para mim, sempre foi algo apavorante. Talvez tenha algo a ver com as inúmeras vezes em que fiquei presa dentro daquele cubículo, talvez seja culpa daquele elevador maldito da praia, que prensou minha cabeça e me fez ver elefantes cor de rosa por semanas, sei lá. Acontece que eu não consigo agir com naturalidade em um elevador, e se for panorâmico, então, azar de quem está ao meu lado. Costumo deixar marcas de unhas nos braços de qualquer um que se arriscar a me acompanhar nessas ocasiões. E, claro, há sempre um elevador no meu caminho. Ou uma escada rolante, que é ainda pior. Conhecem alguém que prendeu a sola do tênis no fim da escada rolante? Muito prazer, agora vocês conhecem. Amaldiçôo o dia em que um puto qualquer inventou essa geringonça para acabar com a minha vida. O que há de errado com as escadas? Qual é o problema em se exercitar um pouquinho? Que diferença faz se você estiver carregando vinte e oito sacolas? Um alerta: não me dirija a palavra se eu estiver em uma situação de perigo. Costumo agredir aqueles que atrapalham minha concentração na hora de subir ou descer de algum lugar pelo elevador. Existe algo melhor do que o silêncio constrangido entre os passageiros? Naqueles dois ou três minutos dá para pensar na vida, na morte, em quem você vai deixar para trás caso o troço despenque, em quem você colocaria dentro de um elevador com as correntes enferrujadas, em quem você deixaria trancado lá depois de soltar gases da feijoada do almoço, em qual seria o melhor kit de sobrevivência para levar quando for passear de elevador... E eles são cheios de efeitos especiais. Conheço um que parece uma máquina do tempo, com aquelas portas dobráveis que correm e um rangido de filme de terror. Me sinto o próprio Jack Nicholson n’O Iluminado. E tem também aquele que abre dos dois lados. Céus, como se não bastasse uma porta para prensar sua cabeça, tem duas! Talvez um dia eu supere esse medo, mas acho difícil. O mais provável é que eu me vicie em calmantes ou escreva um livro de auto-ajuda sobre o tema, para ajudar pessoas que enfrentam os mesmos problemas que eu. E três vivas para as construções térreas.
Vale a pena conhecer o pessoal deste site. Os cartuns são muito bons e a forma escolhida para os temas é muito interessante.

18.12.04

Jules et Jim

Le Tourbillon De La Vie
Letra de G.Bassiak. Música: Georges Delerue 1962

Elle avait des bagues à chaque doigt,
Des tas de bracelets autour des poignets,
Et puis elle chantait avec une voix
Qui, sitôt, m'enjôla.
Elle avait des yeux, des yeux d'opale,
Qui me fascinaient, qui me fascinaient.
Y avait l'ovale de son visage pâle
De femme fatale qui m'fut fatale {2x}.
On s'est connus, on s'est reconnus,
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus d'vue
On s'est retrouvés, on s'est réchauffés,
Puis on s'est séparés.
Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie
Je l'ai revue un soir, hàie, hàie, hàie
Ça fait déjà un fameux bail {2x}.
Au son des banjos je l'ai reconnue.
Ce curieux sourire qui m'avait tant plu.
Sa voix si fatale, son beau visage pâle
M'émurent plus que jamais.
Je me suis soûlé en l'écoutant.
L'alcool fait oublier le temps.
Je me suis réveillé en sentant
Des baisers sur mon front brûlant {2x}.
On s'est connus, on s'est reconnus,
On s'est perdus de vue, on s'est r'perdus d'vue
On s'est retrouvés, on s'est réchauffés,
Puis on s'est séparés.
Chacun pour soi est reparti.
Dans l'tourbillon de la vie
Je l'ai revue un soir, hàie, hàie, hàie
Elle est retombée dans mes bras.
Quand on s'est connus,
Quand on s'est reconnus,
Pourquoi se perdre de vue,
Se reperdre de vue ?
Quand on s'est retrouvés,
Quand on s'est réchauffés,
Pourquoi se séparer ?
Alors tous deux on est repartis
Dans le tourbillon de la vie
On à continué à tourner
Tous les deux enlacés
Tous les deux enlacés.

16.12.04

Coisas novas...

...nem sempre tenho conseguido escrever por aqui. O tempo anda curta e meus clientes na agência estão me enchendo de serviço neste final de ano... Sempre que possível coloco algo. Hoje descobri o site do Luiz Mendonça na net, enquanto pesquisava Aldir Blanc. Valeu a descoberta! Vejam abaixo o que ele faz.


10.12.04

Dias comemorativos...


Vivemos num mundo onde centenas de milhões de pessoas são vítimas de um extermínio silencioso provocado pela fome, pela doença e pela miséria. Um mundo onde milhares de pessoas carecem de escolas, hospitais, habitação e as condições mínimas para viver condignamente. Um mundo onde a imensa maioria não poderá aceder nunca ao tesouro do conhecimento humanístico e científico, ou ao patrimônio histórico, literário e artístico da raça humana porque as condições em que vivem os privam do acesso à educação. Neste nosso tempo, continua a ser imprescindível que os homens e mulheres de boa vontade se comprometam a construir um futuro coletivo diferente.


Hoje é o Dia Internacional dos Direitos Humanos... E também o dia do palhaço.

8.12.04

Poesia...


Acontecimento

Haverá na face de todos um profundo assombro
E na face de alguns, risos sutis cheios de reserva
Muitos se reunirão em lugares desertos
E falarão em voz baixa em novos possíveis milagres
Como se o milagre tivesse realmente se realizado
Muitos sentirão alegria
Porque deles é o primeiro milagre
Muitos sentirão inveja
E darão o óbolo do fariseu com ares humildes
Muitos não compreenderão
Porque suas inteligências vão somente até os processos
E já existem nos processos tantas dificuldades...
Alguns verão e julgarão com a alma
Outros verão e julgarão com a alma que eles não têm
Ouvirão apenas dizer...
Será belo e será ridículo
Haverá quem mude como os ventos
E haverá quem permaneça na pureza dos rochedos.
No meio de todos eu ouvirei calado e atento, comovido e risonho
Escutando verdades e mentiras
Mas não dizendo nada.
Só a alegria de alguns compreenderem bastará
Porque tudo aconteceu para que eles compreendessem
Que as águas mais turvas contêm às vezes as pérolas mais belas.

Vinícius de Moraes in Poesia completa e prosa: "Poesias coligidas"

6.12.04

Alsace...

Para comemorar a entrada do Exército comandado pelo General Leclerc em Strasbourg, em 23/11/1944, a cidade fez uma homenagem espalhando a imagem deste general e de De Gaulle pelas ruas alsacianas. Era o fim da opressão alemã na Alsácia.


Ao ver esta foto no Le Monde outro dia: saudades...

2.12.04

Liberdade...

O governo cubano libertou, na última terça, o poeta e jornalista Raul Rivero, ganhador do Prêmio Mundial 2004 da UNESCO pela Liberdade de Imprensa. Rivero havia sido condenado a 20 anos de prisão em abril de 2003, durante uma onda de repressão que atingiu 75 oponentes do regime naquele ano. Rivero libertado, porém não devemos esquecer de mais 300 prisioneiros estão ainda em cativeiro.


Fechar as portas é sempre um momento de barbárie.
Prova de nosso temor
É uma inépcia obtusa que nós usamos para dormir tranqüilos.
Fechar as portas é uma profissão, uma especialidade.
Um crime que nós cometemos todos os dias
Em nome do medo.
Raul Rivero