Passei ontem, de forma inesperada, parte do dia dentro de um hospital em Ribeirão Preto. Como era o acompanhante numa situação, pude fazer uma das coisas que mais me distrai: observar o ser humano (decididamente, eu não devia ter sido nem economista e nem publicitário, sociologia ou antropologia talvez fossem mais o meu perfil).
Enfim, pude ver muitas coisas interessantes, mas comentarei apenas uma: a atitude de um dos enfermeiros para com um doente.
Durante todo o período em que lá estive (por volta de meio dia), vi muitos pacientes de lá para cá, de cá para lá, uns sozinhos, outros acompanhados, e outros ainda, atendidos por enfermeiros. Todos os enfermeiros eram educados com seus pacientes, porém, um deles, era diferente.
Aparentando uns 25 anos, magro, com barba rala, este menino que chamarei de Francisco, foi até o paciente em questão, um senhor de aproximadamente 70 anos, que pelo jeito deveria fazer uma cirurgia ou um exame delicado. Francisco se aproximou do paciente, cheio de boa vontade, com um sorriso estampado no rosto, disse bom dia, o pegou pela mão e o ajudou a caminhar apoiando até o interior do Hospital.
Nesta cena não vemos nada demais, mas só quem percebeu o brilho nos olhos do paciente ao ser atendido com atenção e o sorriso do enfermeiro, feliz porque ter seguido sua vocação, poderá entender estas nuances.
Ah, como sinto falta desse tipo de felicidade nas pessoas. Nessas horas, a vida e o mundo valem a pena.
PS: eu não sabia que dia 12/05, é considerado o dia Mundial da Enfermagem. Apenas uma coincidência, para quem acredita nela.
