Bombonière Delikatessen

Guloseimas e pensamentos...

24.10.08

Aurora



Aube (Arthur Rimbaud in Iluminuras)

J'ai embrassé l'aube d'été.

Rien ne bougeait encore au front des palais. L'eau était morte. Les camps d'ombre ne quittaient pas la route du bois. J'ai marché, réveillant les haleines vives et tièdes, et les pierreries regardèrent, et les ailes se levèrent sans bruit.

La première entreprise fut, dans le sentier déjà empli de frais et blêmes éclats, une fleur qui me dit son nom.

Je ris au wasserfall blond qui s'échevela à travers les sapins : à la cime argentée je reconnus la déesse.

Alors je levai un à un les voiles. Dans l'allée, en agitant les bras. Par la plaine, où je l'ai dénoncée au coq. A la grand'ville elle fuyait parmi les clochers et les dômes, et courant comme un mendiant sur les quais de marbre, je la chassais.

En haut de la route, près d'un bois de lauriers, je l'ai entourée avec ses voiles amassés, et j'ai senti un peu son immense corps. L'aube et l'enfant tombèrent au bas du bois.

Au réveil il était midi.

Aurora (Tradução: Rodrigo Garcia Lopes e Maurício Arruda Mendonça)

Eu abracei a aurora de verão.

Nada ainda se mexia na fachada dos palácios. A água estava morta. Acampamentos de sombras não deixavam a trilha do bosque. Eu marchava, despertando hálitos vivos e cálidos, e as pedrarias espiavam, e as alas se levantavam sem um som.

A primeira missão foi, num atalho já cheio de centelhas frescas e pálidas, uma flor que me disse seu nome.

Sorri para a loira wasserfall que se descabelava através dos pinheiros; reconheci a deusa no cimo de prata.

Então, um a um, levantei os véus. Nas alamedas, agitando os braços. Pela planície, onde a denunciei ao galo. Na cidade grande ela fugia entre cúpulas e campanários, e correndo como um mendigo entre docas de mármore, eu a caçava.

No alto da trilha, perto de um bosque de louros, eu a envolvi com seu monte de véus e senti um pouco seu corpo imenso. A aurora e a criança caíram na beira do bosque.

Ao acordar, meio-dia.

1.10.08

Parabéns, Mafalda...



No dia 29 de setembro de 1964, a esperta menina era lançada para a América Latina. Inicialmente a personagem Mafalda, foi criada pelo argentino Quino para uma propaganda do jornal Clarín. Depois foi para as tiras do jornal, rendendo rapidamente sucesso à personagem, que teria 44 anos de idade.

Assim como eu, Mafalda nasceu em 64, odiava sopas, tinha um espírito crítico e possuía a sagacidade de crianças de raciocínio rápido. Além de Beatles, ouvia os noticiários, tendo sempre uma ótima tirada para cada notícia. Não tinha como não me identificar...
Parabéns, Mafalda!