Bombonière Delikatessen

Guloseimas e pensamentos...

31.8.05

Ainda no player...

Rua Ramalhete (Tavito)

Sem querer fui me lembrar
De uma rua e seus ramalhetes
Do amor anotado em bilhetes

Daquelas tardes

Do muro do Sacre Coeur,
De uniforme e olhar de rapina
Nossos bailes no clube da esquina,
Quanta saudade !

Muito prazer, vamos dançar
E eu vou falar no seu ouvido
Coisas que vão fazer você
Tremer dentro do vestido

Vamos deixar tudo rodar
E o som dos Beatles na vitrola
Será que algum dia eles vem aí
Cantar as canções que a gente quer ouvir ?

No player...

Abri a Porta (Dominguinhos e Gilberto Gil)

Abri a porta
Apareci
A mais bonita
Sorriu pra mim
Naquele instante
Me convenci
Que o bom da vida
Vai prosseguir
Vai prosseguir
Vai tá pra lá do céu azul
Onde eu não sei
Lá onde a lei
Seja o amor
E usufruir do bom do mel e do melhor
Seja comum
Pra qualquer um
Seja quem for
Abri a porta
Apareci
Isso é a vida
É a vida assim

29.8.05

Combate ao Fumo...

Não vou ficar com minhas ladainhas de sempre sobre o prejuízo que é fumar, apenas gostaria de lembrar que fumar não faz bem à saúde. Minha campanha contra o fumo é antiga, mas hoje, é bem menos radical do que já foi.

Dia 29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, e o melhor jeito de combatê-lo é parando de fumar. Hoje, mesmo com todas as restrições para publicidade de cigarros e campanhas de conscientização sobre seus males, o tabagismo continua fazendo estragos na saúde de muita gente.

Muitas coisas nos fazem mal à saúde, mas nem todas está diretamente ligada à nossa própria opção e consciência. Por favor, cuidem-se!


28.8.05

Botequeando...

É fato que em mesa de boteco se debate de tudo e há soluções para todos os problemas do mundo, quiça do universo. Lá se fala da vida alheia, se enaltece os ídolos, se execra os políticos nacionais ou internacionais, se engrandece os próprios feitos, se discute as teses de pesquisa de todas as áreas, se defende ideais (sejam quais forem) e muito mais. Penso que deva ser um dos lugares mais democráticos do mundo. Ah, e isso não ocorre somente no Brasil, é um fenômeno mundial.
Na agência temos todo o tipo de pessoas e há uma certa divisão de happy hour: a turma do bilhar, a turma da família, a turma dos "intelectuais", a turma da molecada etc. Eu transito em todas, então posso ficar observando e analisando cada uma delas. É divertido ver o papo que rola em cada uma delas.
Noutro dia, na turma dos "intelectuais", entre a discussão sobre o preconceito racial que existe no Brasil e sua relação com o início do capitalismo no país, começamos a falar sobre algumas personalidades nacionais e a quem colocávamos como especiais e dignas de idolatria, veneração, reconhecimento, gratidão, asco, inveja etc. Muitos nomes foram citados: D. Pedro II, Olavo Bilac, Vicente Matheus (não se esquecem que era uma roda de publicitários), Machado, Líbero Badaró, Lula, FHC, Vinícus de Moraes, Tancredo, Médici, JK, Getúlio, Bandeira, Sérgio Porto, os Buarque, Zé Dirceu entre outros.
Em determinado momento, focamos na questão de qual destas personalidades contemporâneas nos provocam inveja. Sabe aquela coisa de: "eu queria ser este aí..." Um deles dizia que sentia inveja e daria tudo para ser o Olivetto, pela criatividade e inteligência. Outro queria ser o Antonio Ermírio, pela forma como conseguir ser rico e consegue viver. Um outro que chegou mais tarde e entrou de gaiato no papo, disse que queria ser o FHC. Ah, se tem alguém que invejo é o Chico Buarque, pela vida, pela obra, pela inteligência e muito mais...

Tempo e artista - 1993

Imagino o artista num anfiteatro

Onde o tempo é a grande estrela
Vejo o tempo obrar a sua arte
Tendo o mesmo artista como tela

Modelando o artista ao seu feitio
O tempo, com seu lápis impreciso
Põe-lhe rugas ao redor da boca
Como contrapesos de um sorriso

Já vestindo a pele do artista
O tempo arrebata-lhe a garganta
O velho cantor subindo ao palco
Apenas abre a voz, e o tempo canta

Dança o tempo sem cessar, montando
O dorso do exausto bailarino
Trêmulo, o ator recita um drama
Que ainda está por ser escrito

No anfiteatro, sob o céu de estrelas
Um concerto eu imagino
Onde, num relance, o tempo alcance a glória
E o artista, o infinito

Joana francesa - 1973

Tu ris, tu mens trop
Tu pleures, tu meurs trop
Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau
Geme de loucura e de torpor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

Mata-me de rir
Fala-me de amor
Songes et mensonges
Sei de longe e sei de cor
Geme de prazer e de pavor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato mole
Dançar dans mes bras
Vem, moleque me dizer
Onde é que está
Ton soleil, ta braise

Quem me enfeitiçou
O mar, marée, bateau
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda

26.8.05

Curiosidade zoológica...

O Estado de São Paulo vai ganhar mais um zoológico no próximo mês. Será inaugurado o Zôo Vida Selvagem - Uma Casa de Répteis em Americana (130 km a noroeste da capital).
A inauguração está marcada para 22 de setembro, data em que se comemora o Dia de Proteção da Fauna. São 350 metros quadrados. No prazo de 15 dias, os animais (cobras, lagartos e tartarugas) deixam o criadouro e devem ser colocados nos viveiros do zôo.
O Vida Selvagem se define como o "primeiro zoológico particular de répteis do Brasil". O visitante poderá ver de perto cobras como jibóias, pítons, corais, salamantas, cascavéis, jararacas, lagartos, tartarugas e iguanas, além de jabutis

Veja a notícia completa aqui e visite o site do lugar no endereço www.vidaselvagem.zlg.br.

Estava aqui a pensar com meus botões:
Este com certeza será o primeiro zoológico reptiliano particular no Brasil, mas desde há 35 anos já temos nosso zoológico reptiliano público localizado no Planalto Central.

25.8.05

É engraçado...

Como a piadinha que coloquei no post anterior gerou comentários tão eloqüentes. Gostei muito dos comentários feitos e da disposição de cada um em defender suas idéias. Isto me levou a rever, realmente, meu post sobre Descartes. Fá-lo-ei brevemente.
Hoje vou deixar uma charge do Dorinho, mostrando como é movimentada a vida de um publicitário do governo...

23.8.05

O médico e o gari...

Enquanto suturava um ferimento na mão de um velho gari (cortada por um caco de vidro indevidamente jogado no lixo), o médico e o paciente começaram a conversar sobre Lula.
E o velhinho disse:

- Bom, o senhor sabe, o Lula é como uma tartaruga num poste.

Sem saber que o gari quis dizer, o médico perguntou o que era uma tartaruga num poste. E o gari respondeu:

- É quando o senhor vai indo por uma estradinha e vê um poste e lá em cima tem uma tartaruga tentando se equilibrar. Isso é uma tartaruga num poste.

Claro que o médico ficou tão espantado como você ficou agora. O velho gari olhou para a cara de espanto do médico e continuou com a explicação:

- Sabe, dotô, o negócio é o seguinte:
Você não entende como ela chegou lá;
Você não acredita que ela esteja lá;
Você sabe que ela não deveria nem poderia estar lá;
Você sabe que ela não vai conseguir fazer absolutamente nada enquanto estiver lá;
Você não entende porque a colocaram lá;
Então tudo o que temos a fazer é ajudá-la a descer de lá!!!

20.8.05

In versos...

meus versos andam poucos
e minhas rimas, minguantes
por vezes, uns soam roucos
por vezes, outras parecem distantes

nada vejo ou sinto
apenas lampejos... minto!
sei que eles andam loucos e errantes

19.8.05

Verbetes...

Impeachment
Acepções substantivo masculino Rubrica: direito constitucional.

1 processo político-criminal instaurado por denúncia no Congresso para apurar a responsabilidade, por grave delito ou má conduta no exercício de suas funções, do presidente da República, ministros do Supremo Tribunal ou de qualquer outro funcionário de alta categoria [Cabe ao Senado, se procedente a acusação, aplicar ao infrator a pena de destituição do cargo.]
2 este mesmo processo, no nível estadual, em que é apresentada denúncia à Assembléia Legislativa com o fim de destituir o governador de seu cargo
3 processo semelhante, no nível municipal, em que se apresenta denúncia à Câmara de Vereadores com a finalidade de destituir o prefeito
4 Derivação: por metonímia. a destituição resultante de qualquer desses processos

Etimologia - ing. impeachment (1387) 'acusação', (1432) 'obstrução, impedimento', (1548) 'dano, prejuízo material', (1568) 'questionamento, desacreditamento, depreciação', der. do v.ing. to impeach (c1380) adp. do fr. empêcher (sXII, part.pas. empedicad = provç. empedegar), este, do lat.tar. impedicare 'capturar, caçar, pear' (em Amiano Marcelino, c330-c400), de im- 'movimento para dentro' + lat. pedìca 'laço que prende os pés, armadilha'; no ing. há cruzamento semântico com o v.lat. impetère 'atirar-se contra, atacar, investir', na acp. jur (1648) 'acusação e processo de uma pessoa por traição, outro grande crime ou afronta a um tribunal competente' (cp. lat. absque impetitione vasti = 'reserva feita a um proprietário de que ninguém o processará por dilapidações feitas'); na Grã-Bretanha é o 'processo judicial pelo qual qualquer homem, do grau de par para baixo, pode ser levado da Casa dos Lordes à instância da Casa dos Comuns'; nos E.U.A. 'o processo semelhante, em que os acusadores são a Câmara dos Deputados e o Tribunal é o Senado'; ger. sem tradução no port. (em esp., do Brasil), na verdade, segundo seus matizes semânticos, corresponde a: desacreditamento, descredenciamento, despojamento, apeamento etc., e na acp. jur impedimento, destituição

Fim do mundo
Acepções expressão substantiva masculina Rubrica: divagações mentais.

1 A possibilidade do Severino assumir a presidência da República no caso de impeachment do Lula.

16.8.05

Pensando no tempo...

15.8.05

Il faut trouver...

Tout le monde - Carla Bruni

Tout le monde est une drôle de personne,
Et tout le monde a l'âme emmêlée,
Tout le monde a de l'enfance qui ronronne,
Au fond d'une poche oubliée,
Tout le monde a des restes de rêves,
Et des coins de vie dévastés,
Tout le monde a cherché quelque chose un jour,
Mais tout le monde ne l'a pas trouvé,
Mais tout le monde ne l'a pas trouvé.

Il faudrait que tout le monde réclame auprès des autorités,
Une loi contre toute notre solitude,
Que personne ne soit oublié,
Et que personne ne soit oublié

Tout le monde a une seule vie qui passe,
Mais tout le monde ne s'en souvient pas,
J'en vois qui la plient et même qui la cassent,
Et j'en vois qui ne la voient même pas,
Et j'en vois qui ne la voient même pas.

Il faudrait que tout le monde réclame auprès des autorités,
ne loi contre toute notre indifférence,
Que personne ne soit oublié,
Et que personne ne soit oublié.

Tout le monde est une drôle de personne,
Et tout le monde a une âme emmêlée,
Tout le monde a de l'enfance qui résonne,
Au fond d'une heure oubliée,
Au fond d'une heure oubliée.

12.8.05

Dúvida e Certeza...

Não quero julgar ninguém ainda, mas os fatos ou factóides que apareceram ontem nas CPMIs me levaram a confirmar uma certeza e a reforçar uma dúvida:

Está faltando atitude do Executivo da República Federativa do Brasil.

De onde veio todo este dinheiro?

9.8.05

Curiosidade...

Todos os vencedores em suas respectivas áreas têm alguma história pitoresca ou engraçada ou ainda uma gafe que tenha vivenciado no início de sua carreira (com exceção do Roberto Justus que pensa ser um deus). Marília Gabriela em uma descontraída entrevista ao pessoal do Pânico, no programa radiofônico contou a sua maior gafe. Ela que já entrevistou rei, presidentes, políticos, cantores, jogadores foi pisar na bola logo com um compositor de músicas sertanejas, o gaúcho Teixeirinha.
Teixeirinha foi o autor da música que individualmente mais vendeu discos no Brasil, 25 milhões desde seu lançamento em 1959: Coração de Luto. A música foi lançada num compacto simples de 78 rpm e vendeu no ano 1961 mais de um milhão de cópias (dá para imaginar isso no Brasil dos 60?).
Pois bem, mas como tudo neste tropical país acaba em piada, de cara apelidaram a música por Churrasquinho de Mãe (ao ler a letra abaixo, vocês entenderão o humor negro deste apelido). Ao entrevistar o autor, a loira Gabi se confundiu e em vez de falar Coração de luto, fez uma pergunta sobre o fenômeno que havia sido a música, usando o apelido maldoso. O resultado disso foi o autor ter se magoado e sentir ofendido, explicando que a música tinha sido uma homenagem à própria mãe, que morrera queimada quando ele tinha 9 anos. Fecha o pano.

Coração de Luto - Teixeirinha - 1959

O maior golpe do mundo que eu tive na minha vida
Foi quando com nove anos perdi minha mãe querida
Morreu queimada no fogo morte triste e dolorida
Que fez a minha mãezinha dar o adeus da despedida

Vinha vindo da escola quando de longe avistei
O rancho que nós morava cheio de gente encontrei
Antes que alguém me dissesse eu logo imaginei
Que o caso era de morte da mãezinha que eu amei

Seguiu num carro-de-boi aquele preto caixão
Ao lado eu ia chorando a triste separação
Ao chegar no campo santo foi maior a exclamação
Taparam com terra fria minha mãe do coração

Dali eu saí chorando por mão de estranho levado
Mas não levou nem dois meses no mundo fui atirado
Com a morte da minha mãe fiquei desorientado
Com nove anos apenas por esse mundo jogado

Passei fome, passei frio por esse mundo perdido
Quando mamãe era viva me disse, filho querido
Pra não roubar, não matar não ferir sem ser ferido
Descansa em paz minha mãe eu cumprirei seu pedido

O que me resta na mente minha mãezinha é teu vulto
Recebas uma oração deste filho que é teu fruto
Que dentro do peito traz o seu sentimento oculto
Desde nove anos tenho o meu coração de luto

Vitor Mateus Teixeira, o Teixeirinha, nasceu em Rolante, no interior do Rio Grande do Sul, em 3 de março de 1927. Na infância viveu dois dramas que o marcariam profundamente: aos seis anos a morte do pai de ataque cardíaco, e aos nove a morte da mãe, que durante uma crise de epilepsia caiu sobre o fogo que ateava em folhas à beira do rancho da família - a história que emocionaria multidões por meio da música citada. Produziu e escreveu filmes, teve 3 programas de rádio e gravou 49 discos em toda sua carreira. Foi sem dúvida um grande sucesso popular em toda a sua vida e morreu em dezembro de 1985, aos 58 anos.

7.8.05

Penso, logo...

... não posso me esquecer do post sobre Descartes.