Bombonière Delikatessen

Guloseimas e pensamentos...

28.7.06

Férias...

É engraçado como trabalhamos tanto nos dois últimos dias antes de sair de férias...vixe. Parece que tudo tem que ocorrer neste período. E para um geminiano com um pouco, mas só um pouquinho, de mania de perfeição, parece a loucura total.

Bom, de qualquer forma, a partir de hoje à noite, restarei alguns dias em descanso e como diz minha amiga Alma Marceau, férias sem viagem não são férias, não valem. Então aproveitarei para ir para a beira de uma represa, descansar, botar a leitura em dia, ouvir música, jogar conversa fora com os meus velhos, fofocar, evitar o PC e PCC.



A vontade era de ir para a França, mais comme c'est n'est pas possible... Vou para Fama e nem serei celebridade. Na cidadezinha não há nada que se assimile a um cybercafé, então ficarei realmente longe da net também. Penso que será bom para descansar, pois estou precisando. A vista da represa, os peixinhos fritos, o pão de queijo da dona Nice etc compensarão...






Hasta la vista...

25.7.06

Felicidade...

É comum no nosso dia-a-dia ouvirmos diversas expressões, ditados e provérbios sobre como alcançar a felicidade. Todos precisam ser felizes, todos têm urgência de serem felizes, todos têm obrigação de ser felizes. A busca pela mesma, muitas das vezes, nos torna infelizes, de tanta pressão que sentimos. Algumas pessoas se dizem felizes, apenas para se encaixarem numa sociedade, que é cada dia mais supérflua, mais superficial, onde os verdadeiros valores de viver em comunidade são trocados pelos valores intrínsecos de possuir bens e de se encaixarem em suas “tribos sociais”.

No New York Times de ontem saiu uma matéria bem interessante do Tim Madigan sobre a felicidade nos Estados Unidos. O legal é que esta análise também tem validade para nosso país, pois estamos numa sociedade que valoriza o “ter”, em vez do “ser”.

Entre outras coisas, na matéria “O que o faz feliz?”, o jornalista americano diz: “Para muitos americanos, a busca pela felicidade significa empilhar televisões de plasma, SUVs e McMansões. Mas as pesquisas sugerem que o verdadeiro êxtase tem pouco a ver com bens materiais.”


Se tiverem interesse, leiam a matéria completa no link


O valor das coisas não está no tempo que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem.
Por isso, existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.
Fernando Pessoa

24.7.06

Le Tour 2006...

É óbvio que para mim a ausência do heptacampeão Lance Armstrong foi sentida. Ninguém nos tempos modernos do Tour dominou tão bem estas routes francesas. Mas Floyd Landis fez por merecer o prêmio de vencedor do Tour, principalmente ao dominar os seus concorrentes diretos (os espanhóis Sastre e Pereiro Sio) nas 3 últimas etapas. Sua echapée da 17ª edição tirando uma desvantagem de quase 8 minutos em relação a Pereiro ficará na história de todos as provas do Tour.

Pereiro Sio, Landis e Kloden no pódio de hoje.

Dois momentos foram maravilhosos na prova de hoje. A vista aérea de Versailles, com seus jardins maravilhosos e seu esplendou digno do megalomaníaco do Louis XIV. E a homenagem de Lepheimer, ciclista americano a todos os participantes da prova. Agora é aguardar a edição de 2007.

Fotos de Bruno Bade, Ingrid Hoffmann, Jean-Christophe Moreau

21.7.06

Dias corridos...

...sem tempo para escrever nada com calma, mas vendo a venda atrapalhando algumas coisas neste país da impunidade.


14.7.06

São Paulo...

11.7.06

Os poemas...

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mario Quintana - Esconderijos do Tempo

9.7.06

Dúvidas e certezas...

Condição Humana (Emílio Moura)
Como captar da vida
o que rápido, foge
entre dúvidas?
Como reter o que,
mal surge,
já se desfaz: é sombra,
algo vago, já neutro,
réstia pálida, eco
de nada, de ninguém?
Um minuto se esboça,
rútilo se sonha,
ardente se anuncia.
Onde? Quando? Quem sabe?
Sempre se sabe tarde,
sem mais onde, nem quando

7.7.06

Urbanidade...

Sempre gostei dos textos de Ferreira Gullar...

No poema abaixo, chamado "Mau Despertar", se vê nítidos sinais das "coisas urbanas": violência, urgência, risco, conflito eminente, falta de um sentimento de um "todo", de um coletivo.... Como se as palavras sangrassem os maus urbanos, vividos nas grandes metrópoles contemporâneas.

Mau despertar

Saio do sono como
de uma batalha
travada em lugar algum

Não sei na madrugada
se estou ferido
se o corpo
tenho riscado de hematomas

Zonzo lavo
na pia
os olhos donde
ainda escorre
uns restos de treva.

4.7.06

Pétalas...

O velho e a flor (Vinícius de Moraes)

Por céus e mares eu andei
Vi um poeta e vi um rei
Na esperança de saber o que é o amor
Ninguém sabia me dizer
E eu já queria até morrer
Quando um velhinho com uma flor assim falou

O amor é o carinho
É o espinho que não se vê em cada flor
É a vida quando
Chega sangrando
Aberta em pétalas de amor

in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"

3.7.06

Ideologia...

Poeta e palavras...

A poesia Antonio Thadeu Wojciechowski

Essa angústia de fazer o melhor,
Essa saudade daquilo que não tive,
Um bom poema sempre sabe decor,
Na ponta da língua, o som que o motive

A fazer da dor apenas um out-door,
Onde em letras garrafais sobrevive
Toda emoção feita de sangue, suor
E lágrimas, que o coração exige,

Pra se sentir vivo dentro do peito.
Mas se o poema não diz a que veio
Então não deveria nem ter nascido,

Já que a alma, espelho da beleza,
Não será, não é e nem terá sido
A expressão real da sua natureza!


Conheçam mais sobre o autor neste caminho!

2.7.06

Voltas...

Enquanto em Frankfurt, tinha início a volta do Brasil, em Strasbourg começava a Volta da França 2006. Um país trocando as chuteiras por um capacete e uma “magrela”.

Belas imagens, bela cidade... saudade.