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Guloseimas e pensamentos...

2.6.05

Paulinho Tapajós...

"O compositor, cantor, produtor musical, escritor e arquiteto Paulinho Tapajós (Paulo Tapajós Gomes Filho) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 17 de agosto de 1945. É filho do compositor, cantor e radialista Paulo Tapajós, através de quem recebeu as primeiras noções de música, e de Norma Tapajós. Irmão do compositor Maurício Tapajós e da cantora Dorinha Tapajós.
Durante sua infância, costumava freqüentar o auditório da Rádio Nacional, emissora da qual seu pai era diretor artístico. Cresceu em um ambiente musical, convivendo desde menino com artistas como Emilinha Borba, Marlene e Radamés Gnatalli, entre outros, que costumavam freqüentar a casa de seus pais. Na adolescência, estudou violão com Léo Soares e Arthur Verocai, que veio a ser seu primeiro parceiro.
Paulinho iniciou sua trajetória artística no final da década de 1960, quando ainda cursava Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde se formou em 1971. Participou do "Música Nossa", projeto realizado com o objetivo de promover encontros entre compositores e cantores em espetáculos realizados no Teatro Santa Rosa, no Rio de Janeiro.
Em 1968, teve pela primeira vez registrada uma música de sua autoria: "Madrugada" (c/ Arthur Verocai), incluída no LP "Música Nossa" em gravação de Magda.
Entre 1968 e 1970, destacou-se como compositor premiado em diversos festivais de música, com destaque para sua participação no III Festival Internacional da Canção, no qual obteve o terceiro lugar, na fase nacional, com a canção “Andança” (c/ Edmundo Souto e Danilo Caymmi), hoje com mais de 200 gravações, e no IV Festival Internacional da Canção, no qual obteve o primeiro lugar na fase nacional e o primeiro lugar na fase internacional, com “Cantiga por Luciana” (c/ Edmundo Souto), hoje com quase 100 gravações."

Além das duas canções maravilhosas citadas no texto acima (retirado na íntegra do site do compositor), há uma em especial que adoro:

Sapato Velho - (Mu – Claudio Nucci – Paulinho Tapajós)

Você lembra, lembra?

Naquele tempo eu tinha estrelas nos olhos
Um jeito de herói
Era mais forte e veloz
Que qualquer mocinho de cow-boy
Você lembra, lembra?
Eu costumava andar bem mais de mil léguas
Pra poder buscar
Flores de maio azuis e os seus cabelos enfeitar
Água da fonte cansei de beber
Pra não envelhecer
Como quisesse roubar das manhãs
Um lindo pôr de sol
Hoje não colho mais as flores de maio
Nem sou mais veloz
Como os heróis
É, talvez eu seja simplesmente
Como um sapato velho
Mas ainda sirvo se você quiser
Basta você me calçar
Que eu aqueço o frio dos seus pés

Assim como esta, Paulinho Tapajós e parceiros, compuseram uma enormidade canções com letras e melodias simples e cativantes. Numa era de Kellys Keys e Latinos, babando o bundalelê do apê (apenas para ficar num exemplo trash que nos assola - saudades dos FEBEAPA do Sérgio Porto), parece-me que somente naquela época se podia falar de amor e sentimento com o coração (não o músculo) e não com os glúteos (sim, os músculos da bunda).


Penso que, quem puder ir até o SESC Pompéia ver o show não se arrependerá.