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Guloseimas e pensamentos...

15.5.07

La Môme...


"De todas as cantoras autenticamente populares, Piaf é, talvez, aquela cuja existência e carreira foram copiosamente travestidas por uma infinidade de histórias mais ou menos confirmadas e de lendas mais ou menos verdadeiras."

(Piaf Biografia - Pierre Duclos e Georges Marin – Ed. Civilização Brasileira)

O site Sosni escreveu em 2005:

"Um frágil pássaro de voz potente, profunda e de entonação passional, que marcou a época, com ela desaparecida, de uma França feita de velhos becos, floristas, realejos, acordeons, garçons e garçonetes, Edith Piaf – o doce Passarinho dos franceses – cantou como ninguém em seu país os encontros e desencontros, as felicidades e os males de amor, encantando as platéias do mundo por três décadas, sendo considerada até hoje a Grande Senhora da Canção Francesa. Decorridos 37 anos de sua morte, Piaf continua inesquecível, sem substituta, no coração dos franceses."

Agora em 2007, durante o Festival de Berlim (Fevereiro) foi apresentado o filme "La môme", do diretor Olivier Dahan que conta a história da brilhante cantora francesa:

Nascida nas ruas, uma ‘môme’, como dizem os franceses, Piaf foi abandonada pela mãe e criada num prostíbulo, onde uma das garotas a tomou sob sua proteção, até que o pai retirasse dali a pequena Edith para levá-la a se apresentar nas ruas. Descoberta por um empresário Louis Leplee, Piaf teve o seu Pigmalião, o homem que esculpiu o mito, mostrando-lhe que não bastava ter voz, ou cantar como um pintassilgo. Ela tinha de ser também uma atriz da canção. Tudo é difícil na história dessa vida, acima de tudo porque a garota das ruas teve de lutar sempre contra o fantasma da autodestruição. A mulher que cantava o amor como ninguém não sabia amar, ou suas escolhas iniciais é que eram equivocadas. Quando encontrou o amor no campeão mundial de boxe Marcel Cerdan ele morre num acidente aéreo. É demais para Edith... é demais para todos que amavam esta mulher. Ela morreu em 1963, aos 47 anos.

Até o final do ano deveremos ter o filme lançado por aqui. Segundo boatos que ouvi, ele seria lançado ainda em abril pela Europa Filmes, mas ainda não vi nada a respeito. E provavelmente aqui no interior não passará, já que o circuito privilegia filmes com heróis e fantasmas. Terei de ir a Sampa assistir.

Quem quiser saber mais sobre a cantora pode ler nos seguintes links: Zadig - biographie e quem gosta de cinema, poderá ler um depoimento muito legal daquele que considero o melhor crítico de cinema do Brasil, o Merten, neste link aqui.

Para finalizar, deixo a letra dela que na minha opinião mais marcou sua carreira juntamente com La vie en rose.

Je ne regrette rien

Non! Rien de rien...
Non! Je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait
Ni le mal tout ça m'est bien égal!

Non! Rien de rien...
Non! Je ne regrette rien...
C'est payé, balayé, oublié
Je me fous du passé!

Avec mes souvenirs
J'ai allumé le feu
Mes chagrins, mes plaisirs
Je n'ai plus besoin d'eux!

Balayés les amours
Et tous leurs trémolos
Balayés pour toujours
Je repars à zéro...

Non! Rien de rien...
Non! Je ne regrette nen...
Ni le bien, qu'on m'a fait
Ni le mal, tout ça m'est bien égal!

Non! Rien de rien...
Non! Je ne regrette rien ...
Car ma vie, car mes joies
Aujourd'hui, ça commence avec toi!

2 Comments:

Blogger Unknown said...

Que bonito post, João !
Uma estrela, a Edith Piaf apesar de mulher tão sofrida.
O queda-livre é o cúmulo do absurdo, né ???

Beijossss...... (vida já se definindo... te escrevo... )

19 de maio de 2007 às 18:34  
Anonymous Anônimo said...

João,
Obrigado pela referência ao meu post sob "a cotovia da França".
Amitiés,
BetoQ.

21 de maio de 2007 às 18:46  

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