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Guloseimas e pensamentos...

30.8.06

O desafio continua...

Para quem me conhece, sabe que sou fã de automobilismo e dentre os muitos pilotos que acompanhei em suas trajetórias, tem um em especial que sempre me cativou pela habilidade no volante, pela competência em ajustar um carro e pela simpatia fora dos cockpit: Cristiano da Matta. Nunca foi campeão de F-1, mas sempre foi um grande piloto e grande figura. Um gozador sem o capacete.

Infelizmente, no dia 03/08, Cristiano sofreu um acidente grave num treino da Champ Car nos EUA, na pista de Elkhart
Lake, acabou atropelando um animal que invadiu o circuito e sofreu um traumatismo craniano passando alguns dias em coma na cidade de Neenah. Graças a Deus, ele tem se recuperado com muita dificuldade, é verdade, mas tem se recuperado.

Aqui do meu canto fico torcendo por ele. Se alguém tiver curiosidade de acompanhar os passos dele nestes momentos difíceis e dar um força, entrem no site oficial de Da Matta.




Natural de Belo Horizonte, o garoto Cristiano da Matta costumava ir junto com a família ver seu pai, Antônio Lúcio da Matta, fazer bonito no Brasileiro de Turismo. Toninho da Matta, como era conhecido, foi campeão 14 vezes em 26 anos de carreira. Em 1990, aos 17 anos, o garoto que sempre disse querer ser piloto de F-1 faz sua estréia no mundo da velocidade, pelo kart. Adota o capacete do pai, trocando a cor vermelha pela azul (sua cor preferida), e conquista o título mineiro em sua primeira temporada. A família agora passa a incentivar o talento e o caráter não do pai Toninho, mas do filho Cristiano da Matta.

Em dois anos e meio de carreira, Cristiano vence todas os campeonatos que disputa no kart: o Mineiro por duas vezes, o Rio-Minas, o Paulista e o Brasileiro. Chega a hora de trilhar o caminho em direção a maior categoria do automobilismo. Daí pulou para a Fórmula Ford, em 1993. Em sua primeira temporada, obtém quatro vitórias e o título da competição. Em 1994, repete o feito, desta vez no Brasileiro de F-3. O sucesso demonstrava uma coisa: estava na hora de partir para a Europa e percorrer o último trecho da trajetória rumo à F-1.

Em território europeu, no ano de 1995, que prometia grandes novidades para Cristiano, marca na verdade o primeiro tropeço de sua carreira: sua equipe, de mudança para a categoria Turismo, não dá muita importância à competição. Em 1996, Cristiano segue para F-3000. Na lógica, seria o último degrau antes da F-1. Na prática foi seu segundo tropeço. O problema é que, sem grandes patrocinadores, Cristiano acaba acertando com a péssima Pacific. Cristiano então muda de rumo e parte para os EUA. Na Fórmula Indy, corre de 1999 a 2002, onde se sagra campeão neste último ano, o que novamente abres as portas para a Fórmula 1, para correr pela Toyota. Por esta equipe corre as temporadas de 2003 e 2004 com bom desempenho, mas por motivos políticos não tem o contrato renovado e volta a correr nos EUA, na categoria Champ Car.