Nada de Oscar hoje...
...apenas poesia.
O grande clandestino (Aníbal Machado)
Eu me distraio muito com a passagem do tempo.
Chego às vezes a dormir. O tempo então aproveita e passa
[escondido.
Mas com que velocidade!
Basta ver o estado das coisas depois que desperto: quase
[todas fora do lugar,
ou desaparecidas;
outras com uma prole imensa;
O que é preciso é nunca dormir, e ficar vigilante, para obrigá-lo
ao menos a disfarçar a evidência de suas metamorfoses.
(...)
Contudo, não se deve ligar demasiada importância
[ao tempo.
Ele corre de qualquer maneira.
É até possível que não exista.
Seu propósito evidente é envelhecer
[o mundo.
Mas a resposta do mundo é renascer sempre para o tempo.
O grande clandestino (Aníbal Machado)
Eu me distraio muito com a passagem do tempo.
Chego às vezes a dormir. O tempo então aproveita e passa
[escondido.
Mas com que velocidade!
Basta ver o estado das coisas depois que desperto: quase
[todas fora do lugar,
ou desaparecidas;
outras com uma prole imensa;
O que é preciso é nunca dormir, e ficar vigilante, para obrigá-lo
ao menos a disfarçar a evidência de suas metamorfoses.
(...)
Contudo, não se deve ligar demasiada importância
[ao tempo.
Ele corre de qualquer maneira.
É até possível que não exista.
Seu propósito evidente é envelhecer
[o mundo.
Mas a resposta do mundo é renascer sempre para o tempo.
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